2º Festival Internacional de Cinema de Ficção-Científica inicia nesta semana em Florianópolis

A Ilha de Santa Catarina recebe em julho um dos maiores festivais de cinema de ficção-científica do país, com uma lista de mais de 75 filmes inéditos nas telas da capital. O 2º Sci-fi Floripa inicia nesta segunda-feira, 24, e será exibido no Centro Integrado de Cultura (CIC) durante toda a semana. Serão cinco mostras temáticas, com competição internacional, premiação latino-americana e longas-metragens convidados. A entrada é gratuita.

Os destaques de estreia desta edição vão para os longas metragens “O Quarto Nascer do Sol” (“Al Patrulea Răsărat”, 2022) da Romênia, e “Caixa Preta” (“Black Box”, 2023) do Reino Unido. Do Brasil, duas estreias nacionais: “Espaço Limiar” (2023), de Gabriel Papaléo (RJ) e o premiado “Mata Seco em Chamas” (2022), de Adirley Queirós e Joana Pimenta (DF). Na mostra internacional competitiva de curtas-metragens, filmes de 28 países vão concorrer a diversas premiações.

Clássicos no 2º Sci-fi Floripa

Obras clássicas restauradas, e não muito conhecidas do público, vão também dar o tom de diversidade de técnicas do cinema de invenção. Da República Tcheca vem o “Um Cometa Muito Louco” (“Na Kometa”, 1970) do grande Karel Zeman, mestre da animação cut-out e pixilation. O filme é baseado na obra de Júlio Verne. Da Polônia o clássico “Globo de Prata” (1988). de Andrzej Żuławski, filme que demorou quase 10 anos para ser concluído devido ao regime de censura da época. E do Brasil, o grande clássico de ficção-científica “Abrigo Nuclear” (1981) de Roberto Pires, cineasta baiano de fundamental importância na cinematografia nacional. Pires produziu o primeiro longa de Glauber Rocha, e foi o inventor da primeira lente cinemascope brasileira, a Igluscope.

O cineasta Roberto Pires será o grande homenageado do festival, que vai contar com surpresas na programação, debates com realizadores locais, estreias internacionais e tudo relacionado à ficção-científica, gênero do cinema fantástico que mais cresce entre as produções audiovisuais no mundo.

Compondo as homenagens, será exibido também o documentário “Bahia Sci-Fi” de Petrus Pires, sobre o mítico filme de ficção-científica “Abrigo Nuclear”, que conta no elenco ninguém menos que Norma Benguell, uma das maiores atrizes brasileiras.

Todo festival tem entrada gratuita, com projeções na Sala de Cinema Gilberto Gerlach no CIC, com classificação indicativa de cada bloco informada no site e na portaria.

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