25 Melhores Found Footages do Horror

Como um verdadeiro apaixonado pelo cinema de horror, quanto maior a imersão e a pessoalidade de uma obra, maior é meu interesse – esse é um dos motivos por ser tão fã do subgênero de found footage. Ao longo da história, o cinema de horror evoluiu e encontrou novas formas de provocar medo e suspense no público, e o found footage emergiu como uma abordagem intimista e imersiva. Seus personagens eram tão próximos do público por estarem filmando em primeiro pessoa, além de ter um aspecto mais “caseiro” e “marginal” nas suas produções. Found footage se trata de filmagens encontradas – alguns filmes vão utilizar isso completamente e outros apenas fragmentos, por isso, embora Holocausto Canibal (Deodato, 1980) seja um dos precursores do subgênero, ele não é efetivamente um found footage na sua totalidade. Neste aspecto, nós podemos reconhecer tanto a influência de filmes como Punishment Park (Watkins, 1971) quanto o acréscimo de Ufo Abduction (Alioto, 1989), a primeira obra 100% found footage. Mas nenhum outro foi tão icônico e popular quanto a obra-prima A Bruxa de Blair (Sanchez e Myrik, 1999). Foi o filme que usou o estilo found footage de forma efetiva, a dar a estética de filmagens amadoras e encontradas a maior sensação de autenticidade e realismo, ainda com um marketing fenomenal. Para mim, esses 25 melhores found footages do horror se destacam pela habilidade de envolver o público em narrativas angustiantes, onde o desconhecido e o inexplicável ganham vida, proporcionando uma experiência cinematográfica assombrosa e memorável, além de, acima de tudo, imersiva.

Esses são meus 25 found footages favoritos:
  • 25. Noroi, de Kōji Shiraishi

O filme é apresentado como um documentário fictício e segue a história do cineasta Masafumi Kobayashi, que investiga uma série de eventos sobrenaturais relacionados a uma misteriosa mulher chamada Kana Yano. A narrativa de Noroi é contada por meio de uma combinação de filmagens em primeira pessoa, entrevistas e material encontrado, apresentando uma variedade de elementos assustadores, como fenômenos paranormais, possessões e rituais macabros.

Disponível: Shudder e VOD

  • 24. Death of a Vlogger, de Graham Hughes

O filme segue a história de um vlogger chamado Graham, que começa a experimentar eventos estranhos e sobrenaturais após a descoberta de uma entidade paranormal em suas filmagens. Explora a linguagem das mídias sociais para questionar o real e o fabricado, fazendo isso com momentos de pavor genuíno. É mais um capítulo interessante da discussão sobre essa nova corrente do found footage, onde as fitas encontradas são trocadas pelas nuvens e a memória digital.

Disponível: Shudder e VOD

  • 23. Deadstream, de Joseph e Vanessa Winter

Ajudem! Por favor. Estou morrendo e nem sei dizer se isso está sendo transmitido ao vivo!

Divertido filme de Joseph e Vanessa Winter sobre um influencer que decide passar a noite numa casa mal assombrada. Jumpscares eficientes e um personagem antipático na medida.

Disponível: Amazon Video e VOD

  • 22. Lake Mungo, de Joel Anderson

O único longa-metragem de Joel Anderson. Segue a história da família Palmer, que vive na cidade de Ararat, na Austrália. Após a trágica morte de sua filha adolescente, Alice, a família começa a experimentar fenômenos paranormais em sua casa.. Não é estritamente um filme found footage, mas carrega elementos clássicos da linguagem e do subgênero, incluindo o estilo documental, a inserção de imagens e entrevistas.

Disponível: Amazon Video e VOD

  • 21. Incantation, de Kevin Ko

Irmão do excelente The Medium, esse terror sobre uma mãe que descobre um livro de magia negra e profana um ritual reforça a força atual dos falsos documentários orientais. Imersivo, assustador e o exemplo de por quê o horror tailandês é um dos melhores da atualidade.

Disponível: Netflix

  • 20. The Outwaters, de Robbie Banfitch

The Outwaters não é igual a nenhum outro found footage que você já viu.É claramente um found footage experimental influenciado por filmes como Enigma de Outro Mundo e pela literatura de Lovecraft. É um filme de evidências. Um horror documental, no qual se permite e se omite de acordo com uma linguagem policial. Não parece um filme montado, mas uma costura de peças policiais de evidências que nos levam a entrar num quebra-cabeça. Acompanha quatro viajantes que encontram fenômenos ameaçadores enquanto acampam em um trecho remoto do deserto de Mojave.

Disponível: Amazon Video e VOD

  • 19. Hollow, de Michael Axelgaard

Um found footage do Reino Unido sobre dois casais que vão até uma região remota avaliar a casa do pai de uma das garotas. Ele é o falecido pároco que se interessava por uma antiga árvore na qual casais se suicidavam. Sou fã desse horror sugestivo e imersivo, onde a respiração dos personagens nos guiam por completo na trilha em que tudo dá errado.

Disponível: Amazon e VOD

  • 18. Trolljegeren, de André Øvredal

Muitos podem conhecer o diretor André Øvredal por Histórias Assustadoras para Contar no Escuro ou A Autópsia de Jane Doe, mas esse é meu filme favorito dele, onde estudantes procuram um troll na Noruega.

Disponível: Amazon Prime, Claro, Google Play

  • 17. The Visit, de M. Night Shyamalan

O horror metalinguístico de Shyamalan é um daqueles pontos de virada para o cineasta, na minha visão. Interessante, imersivo e com ótimos sustos. Segue duas crianças que vão visitar seus desconhecidos avós.

Disponível: Amazon Prime e Google Play

  • 16. V/H/S 2, de Eduardo Sánchez, Gregg Hale, Simon Barrett, Adam Wingard, Jason Eisener, Gareth Evans e Timo Tjahjanto

Melhor antologia da franquia, com destaque para o último segmento de Gareth Evans sobre um culto de suicidas.

Disponível: Hulu e VOD

  • 15. The Den, de Zachary Donahue

Quando lhe perguntarem: “Onde foi que o horror pelo streaming iniciou?”; a resposta certa é The Den. É sobre uma jovem que estuda os hábitos dos usuários de bate-papo na webcam da aparente segurança de seu apartamento, mas testemunha um assassinato brutal online e é rapidamente imersa em um pesadelo.

Disponível: AMC e VOD

  • 14. The Devil’s Doorway, de Aislinn Clarke

No outono de 1960, o padre Thomas Riley e o padre John Thornton foram enviados pelo Vaticano para investigar um evento milagroso em um lar irlandês para as chamadas “mulheres caídas”. Eles levam uma super 8 para documentar. Dirigido pela Aislinn Clarke com um olhar de reprovação cético, é uma obra forte e eficiente.

Disponível: Amazon Prime, Looke, Google Play e Apple +.

  • 13. Willow Creek, de Bobcat Goldthwait

Um jovem casal se aventura na floresta para capturar imagens do Pé Grande, seguindo os passos da lenda filmada por Roger Patterson e Bob Gimlin. A cena de mais de 10 minutos dentro de uma barraca é das melhores do found footage.

Disponível: VOD e Peacock

  • 12. Paranormal Activity 2, de Tod Williams

A continuação do filmaço de 2007 recai sobre a irmã de Kate (do primeiro filme). Dias depois de dar as boas-vindas a um bebê recém-nascido, Dan e Kristi Rey voltam para casa um dia e encontram sua casa saqueada sem nenhuma explicação. O medo os obriga a colocar câmeras de segurança, que começam a capturar atividades estranhas pela casa.

Disponível: Amazon Prime, Paramount, Google Play e Apple +.

  • 11. The Bay, de Barry Levinson

Dirigido por Barry Levinson, o filme segue a história de um surto de parasitas em uma pequena cidade costeira. A narrativa é apresentada por meio de várias fontes de imagens encontradas, incluindo filmagens de câmeras de segurança, registros de webcams, gravações de telefones celulares e trechos de um documentário.

Disponível: VOD

  • 10. Paranormal Activity 3, de Henry Joost e Ariel Schulman

Em 1988, uma entidade começa a aterrorizar as jovens irmãs Katie e Kristi neste prequel da franquia Atividade Paranormal. Acho a versão do diretor um filme melhor que aquela lançada no cinema. A cena do ventilador já é clássica, mas sou fã das meninas chamando por Bloody Mary no banheiro.

Disponível: Amazon Prime, Paramount, Google Play e Apple +.

  • 9. Cloverfield, de Matt Reeves

Do excelente diretor Matt Reeves, esse found footage é o testemunho de jovens nova-iorquinos que estão dando uma festa de despedida para um amigo na noite em que um monstro surge na cidade. Acima de tudo, eu me entusiasmo mais com o lado humano da obra do que a catástrofe em si.

Disponível: Telecine, Amazon Prime, Claro, Apple + e Google Play.

  • 8. Host, de Rob Savage

O filme que está dentro de uma reunião no zoom – ou vice-versa. Mexe com um dos medos mais comuns em filmes de horror: a profanação da morte. Na história, jovens se reúnem para uma reunião mediúnica pela internet durante a pandemia.

Disponível: Claro e Apple +.

  • 7. The Poughkeepsie Tapes, de John Erick Dowdle

Desde o início do found footage, a fascinação dos norte-americanos pelo snuff film (o assassinato real filmado) foi constantemente simulado no subgênero. Nenhum, no entanto, teve a força deste longa-metragem de J.E. Dowdle. A marginalidade, a violência e a tortura são as maiores característica das fitas de Poughkeepsie. Assista com estômago.

Disponível: VOD

  • 6. Atividade Paranormal, de Oren Peli

O filme que popularizou o subgênero nos anos 2000 – e também a fórmula do medo em escalada. Casal decide se filmar durante a noite para encontrar manifestações paranormais em sua casa. O longa-metragem foi baseado em experiência pessoal de Peli, se passa na casa do diretor e se tornou um boom depois de sua exibição em festivais de horror.

Disponível: Amazon Prime, Looke, Google Play e Apple +.

  • 5. The Sacrament, de Ti West

O diretor de X e Pearl também já fez o seu. E focou em reportagens da Vice sobre um culto religioso isolado. Seu terceiro ato é uma porrada.

Disponível: Google Play e Claro

  • 4. The Medium, de Banjong Pisanthanakun

Fiquem de olho no horror que sai da Tailândia. Numa das sequências mais fortes desse falso documentário de Banjong Pisanthanakun (Espíritos – A Morte Está ao Seu Lado), uma cerimônia de exorcismo tailandesa é interrompida pela ação de uma mãe que ouve a voz de sua criança pedindo ajuda. Ela não pensa duas vezes e ocasiona a interrupção de uma necessidade imperativa para comunidade evitar os espíritos malignos que cercam a ela e outras pessoas. Isso evoca a mesma história da irmã de Nim e Mink, uma família que busca se manter aquém da ira dos xamãs e viver a sociedade longe de suas heranças culturais. Pisanthanakun faz uma versão moderna de O Exorcista, como se ele fosse pensado e produzido na Ásia. É um filme sobre o abandono da fé e a rejeição ao mal com grandes consequências. É o melhor e mais forte filme do cineasta, que cria uma obra pesadíssima, com personagens críveis e ramificações ainda mais.

Disponível: Apple +.

  • 3. Unfriended, de Levan Gabriadze

Um daqueles raros filmes de terror que ressignificam um subgênero, imergindo-nos em algo tão próximo de nós: a internet, a exposição e a conexão. Se passa no skype de cinco amigos, que se reúnem numa noite aparentemente banal. Assista no seu próprio computador. Poucas vezes tive uma experiência tão forte quanto essa.

Disponível: Globoplay, Claro, Apple, Amazon Prime.

  • 2. [REC], de Jaume Balagueró e Paco Plaza

A obra-prima espanhola. Testemunha uma repórter de televisão e um cinegrafista que seguem socorristas até um prédio de apartamentos e são rapidamente trancados lá dentro com algo aterrorizante.

Disponível: Amazon Prime e Paramount.

  • 1. The Blair Witch Project, de Eduardo Sánchez e Daniel Myrick

Em outubro de 1994, três estudantes de cinema desapareceram na floresta perto de Burkittsville, Maryland, enquanto filmavam um documentário. Um ano depois, suas imagens foram encontradas. É o filme que apresentou definitivamente o found footage. Com realismo inimaginável nos dias de hoje, numa época de transição para a internet, com um marketing certeiro e atores em situações inusitadas, foi e é o filme que mais me aterrorizou.

Disponível: HBO Max, Starz, Amazon Prime, Claro, Google Play, Apple.

Há vários estilos, formas e bons filmes de found footage. Fiz uma lista no Letterboxd com o maior número de obras que consegui me lembrar. Clique aqui para acessar.

E pra você? Qual seu found footage favorito?

Compartilhe essa notícia

Escrito por:

Antes de ir

Você pode gostar também

Culturalidades

Relembrar para Sempre, William Friedkin (1935-2003)

Com 87 anos, o cineasta William Friedkin se despede do mundo com um catálogo irrepreensível de obras-primas – do terror ao drama, da aventura a ação – e deixa algumas das melhores histórias do cinema como seu legado. Sua forma de contar histórias era o cinema. Ele deixa várias e, o melhor de tudo, para sempre – além da vida.

Continue lendo >
Críticas

O Mestre da Fumaça tem sessão única em Florianópolis, provoca debate sobre maconha e marca a primeira semana de agosto na Capital

Um roteiro curioso marcou o final de quarta-feira, 2 de agosto, no Villa Romana Shopping, no Cinesystem. Vivendo dia de cineclube, a rede recebeu o filme nacional O Mestre da Fumaça, dirigido pela dupla de diretores estreantes André Sigwalt e Augusto Soares, que gira em torno de uma família de lutadores de Kung Fu amaldiçoada pela máfia chinesa. O filme mistura arte marcial com comédia e o uso da cannabis de maneira espiritual. Logo depois do filme, a Lança Filmes, a Ablaflor e a Santa Cannabis realizaram debate sobre efeitos da cannabis na saúde física e mental. A sessão foi única e exclusiva.

Continue lendo >

Deixe o seu comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *