Pânico foi o filme que me fez reconhecer o amor que tinha pelo cinema de horror e um dos filmes que moldaram o gênero na década de 90. O primeiro Pânico que assisti foi em VHS, em 1998, quando meu pai voltou da universidade com uma fita que um de seus alunos havia emprestado para ele, pois sabia que eu amava o cinema de horror. O filme era o Pânico 2. Sim, eu assisti ao primeiro filme da trilogia depois do segundo. Na época, com 9 para 10 anos de idade, eu fiquei tão impressionado com o filme que insisti com meu pai que precisávamos do original também. Desde então, eu assisti aos primeiros dois Pânicos pelo menos mais de 20 vezes e tenho assistido a trilogia a cada ano. E ano após ano, os filmes continuam fazendo o mesmo efeito de quando eu era apenas um garoto.
Em homenagem a Wes Craven e à franquia, eu selecionei as melhores sequências (em ordem decrescente) de Pânico.
21. Sarah, em Pânico 3, se vê encurralada numa sala cheia de Ghostfaces
A segunda personagem a morrer no script do fictício Stab 3, em Pânico 3, Sarah Darling se vê acuada no estúdio numa sala cheia de Ghostfaces sem perceber que o verdadeiro está ali lhe esperando.
20. A aparição onírica da mãe de Sidney na janela, em Pânico 3
Essa aqui me dava muito medo quando criança e ainda acho que funciona como sequência aterrorizante. Os novos Pânicos são muito criticados por trazer o Billy de volta, mas aparições fantasmagóricas do passado eram comuns na franquia. O terceiro filme é basicamente centrado na mãe de Sidney. Essa sequência poderia funcionar quase que independente do filme, pois Craven mostra como pode nos assustar sem nenhum assassino mascarado.
19. Em Pânico 6, os amigos de Sam tentam passar de um prédio para outro com uma escada deitada
Ghostface ataca num apartamento cheio de pessoas em NY. A única saída de três delas é atravessar por uma escada de uma janela a outra. Se “Jason vai para NY” falhava em construir cenas estimulantes de slasher numa cidade populosa, isso nunca falta em Pânico VI. Essa é aquela sequência que sabemos o que acontecerá, mas ainda assim nos mantemos em suspense.
18. As regras da franquia pela Mindy Meeks em Pânico 6
Completamente diferente da nada inspirada fala de Mindy sobre o legado de Stab no filme cinco, ao falar sobre as regras do novo filme, a sobrinha de Randy finalmente tem seu momento ao falar sobre os possíveis suspeitos de Pânico VI.
17. Sidney revisita Woodsboro no estúdio de cinema, em Pânico 3, e se vê acuada em sua própria casa
Poucas cenas do terceiro filme são tão efetivas que Sidney visitando Woodsboro e sua própria casa num estúdio de Hollywood. Até a mesma porta que a defende do assassino no primeiro filme está lá. Só que, assim como Billy, ele decide entrar pela janela.
16. O início de Pânico 5
O que restaurou o recomeço da franquia é a fatídica cena de Tara Carpenter sendo atacada pelo mais novo Ghostface para uma nova geração. Envolve a falta de confiança na tecnologia e uma mudança de horizonte no clássico. Pena que a habilidade dessa sequência não tenha quase nenhuma outra cena que faça jus no mesmo filme.
15. A recriação da morte de Steve em Pânico 4
Kirby se vê diante de Charlie sentado numa cadeira esperando pela morte, assim como no primeiro filme. Pânico 4 foi onde Wes Craven fez quase um remake do primeiro filme falando sobre como um remake poderia ser feito. Essa cena – com um plus no final – é clássica.
14. A morte de Randy no segundo Pânico
Nem mesmo a morte de Dewey no quinto tem o mesmo impacto e celebração que a morte de Randy no segundo filme da série. É a morte mais gore de toda a franquia e a que mais gerou comoção. Toda a construção dela é fantástica e ela inclusive é reprisada no sexto filme como homenagem.
13. Em Pânico 4, a maratona de Stab no celeiro
De todas as coisas legais no quarto filme, eu acho que essa é a mais. Os fãs da franquia Stab se reúnem num celeiro para uma maratona de filmes. Eles tomam shots a cada diálogo clichê. É fantástico.
12. Randy explica as regras de uma sequência, em Pânico 2
Melhor personagem da franquia, Randy explica as regras da sequência em Pânico 2 e revela, sem saber, os dois assassinos do filme.
11. A metalinguagem inicial de Pânico 4
Nunca ninguém irá falar do quarto filme sem citar a surpreendente cena inicial, onde Wes Craven brinca com o espectador sobre o que de fato é surpreendente – mesmo que não se distancie dos três exemplares da série.
10. No sexto filme, Ghostface entra numa mercearia e mata seus ocupantes
Um dos momentos mais surpreendentes de Pânico 6. Ghostface rende clientes de uma mercearia atrás de Tara e Sam, provando-se distinto de todos os outros e menos preocupado em matar quem estiver em seu caminho. Incrível.
9. O início de Pânico 6 quebra as expectativas e começa com a morte de Ghostface
Essa foi a sequência que me entusiasmou em Pânico 6 e aquela que o filme precisou manter o nível. Ao mostrar o Ghostface na cena inicial, ele nos surpreendia como desde o quarto Pânico a franquia ainda não conseguia.
8. A metalinguagem explícita no cinema, em Pânico 2, e a homenagem à William Castle
Castle foi um diretor e produtor prolixo que amava um grande marketing de lançamento. Ele colocava esqueletos voando pelos cinemas em momentos chaves do filme ou fornecia brindes pros espectadores durante sessões. O início de Pânico 2 faz justamente essa homenagem, além de se tornar mais explícito na sua metalinguagem.
7. A cena do metrô de Nova York em Pânico 6
Assim como a cinema do cinema em Pânico 2, é a essência da fala dos realizadores de que independente do lugar você não está a salvo. Não importa a multidão. É uma das melhores sequências da franquia e reproduz o legado que o filme fala de maneira clássica.
6. Discussão sobre sequências, em Pânico 2, na sala de aula
Outro momento clássico da franquia, onde Mickey, Randy e outros personagens falam sobre quantas sequências foram capazes de superar seu filme original. É por isso que Pânico se tornou o que se tornou – por momentos como este.
5. Em Pânico 2, a assustadora cena do teatro emulando a tragédia de Cassandra em Tróia ao meio de mascarados
Permanece sendo a cena mais assustadora de Pânico, onde Sidney precisa encarar como outra personagem os seus fantasmas, no meio de um baile de mascarados, que apontam para uma vida de vinganças, violências e traumas. É meta da metalinguagem. E é quando Sidney precisa assumir seu protagonismo – não de vítima – de lutadora.
4. Randy encurralado na locadora no primeiro Pânico por Billy e Stu
Uma das cenas mais reveladoras sobre a identidade do assassino. Randy provoca que Billy está na sessão de terror, enquanto Stu tenta desviar sua atenção da probabilidade do amigo ser realmente o Ghostface. É uma das melhores sequências do primeiro filme e da franquia.
3. O santuário de Ghostfaces, em Pânico 6, num cinema de rua abandonado
Esse é o verdadeiro momento em que o cinema de Wes Craven se estende aos novos diretores da franquia. É quando se dá vida ao legado de Pânico e reforça as rimas visuais do sexto com o segundo filme.
2. O clímax inicial de Pânico
Antes de Pânico, o assassino do slasher não era reconhecido facilmente pela sua voz, mas por sua imponência corporal. Tudo é equilibrado e perfeito nesta primeira sequência em que a personagem de Drew Barrymore atende a ligação de Ghostface. Acompanhamos a evolução do seu medo até que nada mais se possa fazer. Um primor.
1. No primeiro filme da franquia, Randy explica as regras do slasher
O grande momento da franquia é a epítome da análise do próprio gênero e subgênero a que Pânico pertence. Randy explica as regras para sobreviver num filme de terror. Não canso de assistir.
E a sua? Qual é a sequência favorita da franquia? Conta aí.
1 Comment
Eu estava maratonando os filmes e tem uma cena que me deixa muito tensa! Quando a Gale entra em uma sala à prova de som e do outro lado está o Dwight. Só que ela não consegue escutá-lo e o assassino entra e esfaqueia ele…ahhhh E ela depois escuta ele em um microfone e fica desesperada…Essa cena é bem legal.